O Projeto 100 anos de Vinicius de Moraes prestou homenagem ao poeta com programação diversificada!
O Evento teve café literário, performance teatral, exposição, jogral, desfile e muita música...
Parabéns alunos, professores, funcionários... a todos da Equipe do CIEP 259!
Um pouco de Vinicius...
O biógrafo de Vinicius, José Castello, autor do excelente livro "Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão - uma biografia" nos diz que o poeta foi um homem que viveu para se ultrapassar e para se desmentir. Para se entregar totalmente e fugir, depois, em definitivo. Para jogar, enfim, com as ilusões e com a credulidade, por saber que a vida nada mais é que uma forma encarnada de ficção. Foi, antes de tudo, um apaixonado — e a paixão, sabemos desde os gregos, é o terreno do indomável. Daí porque fazer sua biografia era obra ingrata.
No ano seguinte mudam-se para a rua da Passagem, 100, no mesmo bairro. Nasce seu irmão Helius. Com a irmão Lydia, passa a freqüentar a escola primária Afrânio Peixoto, à rua da Matriz.
Em 1920, por disposição de seu avô materno, é batizado na maçonaria, cerimônia que lhe causaria grande impressão.
Após três outras mudanças, em 1922 a família transfere-se para a Ilha do Governador, na praia de Cocotá, 109-A.
Faz sua primeira comunhão na Matriz da rua Voluntários da Pátria, no ano seguinte.
Em 1924, inicia o Curso Secundário no Colégio Santo Inácio, na rua São Clemente. Começa a cantar no coro do colégio nas missas de domingo, criando fortes laços de amizade com seus colegas Moacyr Veloso Cardoso de Oliveira e Renato Pompéia da Fonseca Guimarães, este sobrinho de Raul Pompéia. Participa, como ator, em peças infantis.
Compõe, no ano seguinte, com os irmãos Tapajóz, "Loura ou morena" e "Canção da noite", que têm grande sucesso. Nessa época, namora invariavelmente todas as amigas de sua irmã Laetitia.
BIBLIOGRAFIA Do Autor:
Poesia/Prosa:
- O Caminho para a Distância, 1933 - Schmidt Ed, Rio (recolhida pelo autor)
- Ariana, a Mulher, 1936 - Pongetti - Rio
- Forma e Exegese, 1935 - Pongetti - Rio (Prêmio Felippe d'Oliveira)
- Novos Poemas, 1938 - José Olympio - Rio
- Cinco Elegias, 1943 - Pongetti - Rio (ed.feita a pedido de Manuel Bandeira, Aníbal Machado e Octávio de Farias)
- 10 poemas em manuscrito - 1945, Condé (edição ilustrada de 150 exemplares)
- Poemas, Sonetos e Baladas, 1946 - Ed. Gávea - São Paulo (ilustrações de Carlos Leão)
- Pátria Minha, 1949 - O Livro Inconsútil - Barcelona (ed.feita por João Cabral de Melo Neto em sua prensa manual)
- Orfeu da Conceição, 1956 - Editora do Autor - Rio (ilustrações de Carlos Scliar)
- Livro de Sonetos, 1957 - Livros de Portugal - Rio
- Novos Poemas (II), 1959 - Livraria São José - Rio.
- Orfeu da Conceição, 1960 - Livraria São José - Rio (edição popular)
- Para Viver um Grande Amor, 1962 - Ed. do Autor - Rio
- Cordélia e o Peregrino, 1965 - Ed.do Serviço de Documentação do M. da Educação e Cultura - Brasília
- Para uma Menina com uma Flor, 1966 - Ed. do Autor - Rio
- Orfeu da Conceição, 1967 - Editora Dois Amigos - Rio (com ilustrações de Carlos Scliar)
- O Mergulhador, 1968 - Atelier de Arte - Rio (fotos de Pedro de Moraes, filho do autor. Tiragem limitada a 2.000 exemplares, sendo 50 numerados em algarismos romanos de I a L e assinados pelos autores, comportando um manuscrito original e inédito de Vinícius de Moraes;450 exemplares numerados em algarismos arábicos e 51 a 500 e assinados pelos autores; e,finalmente, 1.500 exemplares numerados de 501 a 2.000)
- História natural de Pablo Neruda, 1974 - Ed.Macunaíma - Salvador.
- O falso mendigo, poemas de Vinicius de Moraes - 1978, Ed. Fontana - Rio
- Vinicius de Moraes - Poemas de muito amor, 1982 - José Olympio, Rio (ilustrações de Carlos Leão)
- A arca de Noé - 1991, Cia. das Letras - São Paulo
- Livro de Letras, 1991, Cia. das Letras - São Paulo
- Roteiro lírico e sentimental da Cidade do Rio de Janeiro e outros lugares por onde passou e se encantou o poeta, 1992 - Cia. das Letras - São Paulo
- As Coisas do Alto - Poemas de Formação, 1993 - Cia. das Letras - São Paulo
- Jardim Noturno - Poemas Inéditos, 1993 - Cia. das Letras - São Paulo
- Soneto de Fidelidade e outros Poemas, 1996 - Ediouro - Rio (ed. bolso)
- Procura-se uma Rosa, Massao Ohno Ed. - São Paulo (peça de teatro em colaboração com Pedro Bloch e Gláucio Gil)
- A Arca de Noé, Cia. das Letras - São Paulo
- O Cinema de Meus Olhos, Cia. das Letras - São Paulo
- Nossa Senhora de Paris, Ediouro - Rio
- Teatro em Versos - 1995, Cia. das Letras - São Paulo
- Rio de Janeiro (com Ferreira Gullar), Ed. Record - Rio (edições em alemão, francês, inglês, italiano e português).
- Querido Poeta - Correspondências de Vinicius de Moraes (organização de Ruy Castro), Cia. das Letras, São Paulo, 2003.
- Samba falado, Azougue Editorial, 2008.
Discos de poesias:
- Vinicius em Portugal, 1969, Fiesta, IG 79.034 - Rio
- Antologia Poética, 1977, Philips, 6641 708, Série de Luxo - 2 Long-Plays (com participação de Tom Jobim, Edu Lobo, Toquinho, Luis Roberto, Jorginho, Roberto Menescal e Francis Hime)
Dá início à composição de uma série de afro-sambas, em parceria com Baden Powell, entre os quais "Berimbau" e "Canto de Ossanha". Com Carlos Lyra, compõe as canções de sua comédia musicada Pobre menina rica. Em agosto desse ano, 1962, faz seu primeiro show, que obteve grande repercussão, ao lado de Jobim e João Gilberto, na boate "Au Bon Gourmet", iniciando a fase dos "pocket-shows", onde foram lançados grandes sucessos internacionais como "Garota de Ipanema" e "Samba da benção". Na mesma boate, faz apresentação com Carlos Lyra para apresentar "Pobre menina rica", ocasião em que é lançada a cantora Nara Leão. Compõe, com Ary Barroso, as últimas canções do grande mestre da MPB, como "Rancho das Namoradas". É lançado o livro Para viver um grande amor. Grava, como cantor, um disco com a atriz e cantora Odete Lara.
Num improviso de sabedoria, Vinicius respondeu: "Quantas forem necessárias."
O autor da música Garota de Ipanema, Vinícius de Moraes, escreveu a letra inspirado numa moça que passava em frente ao Bar Veloso, no bairro de Ipanema. Heloísa Eneida Menezes Paes Pinto, conhecida como Helô Pinheiro, foi a musa inspiradora do poeta.
Para ela fizemos, com todo o respeito e mudo encantamento, o samba que a colocou nas manchetes do mundo inteiro e fez de nossa querida Ipanema uma palavra mágica para os ouvintes estrangeiros. Ela foi e é para nós o paradigma do broto carioca; a moça dourada, misto de flor e sereia, cheia de luz e de graça, mas cuja visão é também triste, pois carrega consigo, a caminho do mar, o sentimento da mocidade que passa, da beleza que não é só nossa, é um dom da vida em seu lindo e melancólico fluir e refluir constante”.
Calcula-se que a música tenha sido tocada em todo o mundo mais de 5 milhões de vezes, rivalizando com “Yesterday”, dos Beatles. A gravação no idioma inglês pela cantora Artrud Gilberto em 1963, lançou “The Girl from Ipanema” como sucesso mundial.
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